quarta-feira, 25 de junho de 2014

Músicas e sons

Olá!

Dessa vez venho falar sobre os sons e músicas que tenho ouvido durante minhas meditações. 

A primeiríssima coisa a se dizer sobre esse tema é: se você pode meditar ao ar livre, esqueça todo o conteúdo desse post. Não deve haver nada como o silêncio e os sons da natureza para o profundo relaxamento e uma boa meditação. Por outro lado, se você, como eu, vive na cidade grande, recheada de sons de automóveis (dos motores e dos rádios), de pessoas conversando, cachorros latindo, etc., acho que uma boa música ou sons relaxantes serão fundamentais.

Nos primeiros dias, utilizei um som de oceano com sons binaurais ao fundo. Sobre os sons binaurais, você pode consultar AQUI e AQUI. Sinceramente? Após os períodos de meditação com esse som, eu fiquei bastante tonto. Se foi falta de pesquisar melhor o assunto ou se o som binaural pode ter mesmo esse efeito sobre o corpo, uma vez que penetra diretamente no cérebro e influencia em suas ondas, ainda não sei. Mas foi o suficiente para eu deixar de lado e procurar outros tipos de som.

Até muito recentemente, eu passei a meditar com sons da floresta e de lareira (sim, a madeira queimando produz um som, bastante relaxante por sinal). Com isso, pude perceber que em cada meditação eu era transportado mentalmente a locais que vinham em pensamento, a ponto de me fazer esquecer que estava em meu quarto, numa casa da cidade de São Paulo. Estava no campo, em frente a uma fogueira, a uma lareira, próximo a um rio, enfim.

Já nos últimos dias resolvi meditar ouvindo música. Não sou grande fã de new age - que é bastante ouvido por pessoas que meditam - e a música clássica não é a mais adequada por conta de suas mudanças bruscas. É legal que a música tenha essa uniformidade, tenha uma melodia leve e que não te traga lembranças muito óbvias. 

(Isso me faz lembrar da adolescência, em que me submeti a uma sessão de regressão de vidas passadas e a música de fundo era a trilha sonora de Coração Valente. Até hoje, penso que minha regressão - situada na idade média e na Europa - esteja fortemente relacionada à música).

Bem, depois de muito pensar, acabei chegando a uma música de - pasmem - um jogo de vídeo game! A melodia bastante tranquila do jogo Child of Light (2014) me soou uma boa pedida, embora eu tivesse o receio de ter a lembrança imediata do jogo. Fiz o teste e não só a música não me fez lembrar do jogo como também me trouxe um novo tipo de experiência na meditação: ao invés de ser transportado a outros lugares, eu sou tomado por uma sensação de felicidade extrema. Você pode ouvir a música AQUI.

Como puderam notar, a música poderá influenciar diretamente nas suas sensações e estados de relaxamento e concentração. Não só durante a meditação, mas em todos os momentos da vida. Aqui procurei trazer o que tem me influenciado e as sensações a partir de cada som. Há muito sobre o tema a ser dito e eu certamente o retomarei.

Até a próxima!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A meditação e os gatos

Olá!

Hoje vou falar de um tema um pouco diferente que, apesar da relação com a meditação, não é nenhuma dica, mas sim uma experiência que venho tendo ao longo dessas primeiras semanas: a minha relação com os gatos durante o tempo de meditação.

Bem, pra começar, quero dizer que sou um amante inveterado dos gatos. Tanto que apareço abraçando gatos desde as minhas fotos da primeira infância. Admiro a beleza, a tranquilidade, a independência, o carinho, as brincadeiras, enfim, tudo o que a experiência de conviver com um gato pode proporcionar.

Hoje tenho 03 gatos (duas fêmeas e um macho) e as duas fêmeas são as mais apegadas. Apresento-lhes a Nyx e Patty (ela foi adotada já adulta e veio com o nome, mas nunca a chamei assim). Bem, podemos chamá-la de Preta e a Branca. :-)



                                                                Nyx - a Preta

                                                                   Patty - a Branca


Certo, eu amo os gatos e apresentei as gatas mais apegadas a mim, mas o que elas estão fazendo aqui?

Tenho me surpreendido, dia após dia, com a forma que elas se relacionam comigo durante a meditação. Nos primeiros dias, revezaram pra ver quem dormia no meu colo - afinal, pernas cruzadas de humanos é um dos dormitórios preferidos dos felinos. Foi maravilhoso sentir elas chegando ao meu colo, se aconchegando e dormindo. Some à paz da própria meditação a tranquilidade em ver uma gatinha dormindo em seu colo assim que abre os olhos e sinta o estado de leveza e paz no qual me encontrava. 

Detalhe: comecei a meditar em dias bem frios, então o calor delas ajudou até nisso.


Mas as coisas mudaram...

Uma das coisas mais marcantes numa relação com os gatos é que a própria relação muda a todo tempo. Isso significa que os primeiros dias de aconchego e tranquilidade foram seguidos por dias mais turbulentos, de barulho. Enquanto eu meditava, elas faziam de tudo para chamar minha atenção: miavam, corriam, pulavam, arranhavam a porta, etc. Eu me sentia sendo testado a cada nova meditação e se cheguei a me sentir incomodado nas primeiras vezes - a ponto até de me irritar -, fui me adaptando e aceitando tudo isso com maior tranquilidade. Elas não me testavam; só agiam como sempre agiram e isso em nada tinha a ver comigo e não cabia a mim querer controlar a situação. Era preciso me integrar ao que estava ocorrendo ao meu redor.

Mas assim também são os gatos. Pouco a pouco, elas tem se adaptado a esse novo momento de seu companheiro (eu) e respeitado um pouco mais. Ainda que estejam um pouco mais distantes, é sempre fascinante abrir os olhos e vê-las me olhando com carinho, como se estivessem velando minha meditação e estão felizes por eu ter encerrado.

Um post mais intimista, espero que gostem.

Até a próxima!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

10 dias de meditação - Quais os ganhos?

Olá!

Ontem completei o décimo dia praticando a meditação, duas vezes ao dia, e estou aqui pra falar dos principais benefícios que pude perceber nesse tempo.


1. Qualidade do sono

O benefício que pude perceber logo de cara é a melhora na qualidade do sono.

Grande parte de distúrbios emocionais (stress, ansiedade, etc.) incidem diretamente sobre o sono. Uma vez que o sono é ruim, o dia também será, de modo que é fundamental termos boas noites, repousando decentemente.

"Ah, falar é fácil. Quero ver conseguir dormir com tantos pensamentos ruins e tanta ansiedade". Eu sei, eu sei. Mas é justamente aí que o exercício de meditar se torna fundamental: por meio dele, todas  essas questões que nos aflige diariamente tem seu fechamento - ou ao menos deixam de importunar tanto. 

A primeira impressão que eu tinha sobre a meditação era a de que é o exercício de não pensar em nada, limpar a sua mente. Bem, isso pode vir com o tempo, mas inicialmente a mente transborda e todos os pensamentos possíveis vem à mente enquanto tenta relaxar. A solução? Deixar com que fluam, tomem o seu caminho. Como o foco da meditação é a respiração, o relaxamento, a paz de espírito, todos os pensamentos que vem perdem importância em meio à sua concentração no que deve ser feito. Isso traz  toda uma nova luz sobre as coisas e logo se percebe que muitas elas são desnecessárias e facilmente descartáveis. Em resumo: meditar faz com que você passe a priorizar o que é, de fato, importante, e ter maior serenidade para resolvê-las.

Outra questão que ajuda na qualidade do sono é o estado de relaxamento em si. Eu faço minhas meditações imediatamente antes de dormir e, para isso, desligo todos os aparelhos eletrônicos e foco no relaxamento. Bem, a partir daí a equação é óbvia: 

             Corpo relaxado + aparelhos eletrônicos desligados = melhor sono


2. Maior serenidade para resolução de problemas

Aqui cabe algumas reflexões: quantos "grandes" problemas queremos resolução pra ontem? Quantas vezes nos ofendemos em demasia simplesmente por termos sidos contrariados? Opinião pessoal: acho que a falta de empatia (a verdadeira, não a que se vende para se ganhar simpatia) é um dos grandes males atuais.

Mas o que a empatia tem a ver com a meditação? Bem, até agora nada. Mas só o fato de se ter mais serenidade para resolver certas coisas faz com que a empatia venha naturalmente. Em meio a uma discussão, se se retruca sem sequer ouvir, o diálogo se quebra. E sem diálogo a empatia é impossível.

Com a meditação, tenho maior controle sobre mim mesmo, o que me permite ouvir mais em qualquer conversa. Não sei dizer se isso funcionaria com qualquer um, mas eu tenho percebido essa diferença.


3. Concentração

Bem, esse é bastante óbvio. Mas a melhoria na concentração não veio somente com a prática da meditação em si, e sim com a replicação do que faço durante os exercícios em ações do dia a dia. Por exemplo, se não consigo me concentrar em algo, respiro profundamente por uns instantes, deixo todos os pensamentos que tem me atrapalhado seguirem seu curso e então volto à atividade que requer minha atenção.


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Impossível quantificar os ganhos de cada um desses três pontos, mas é possível dizer que a melhoria é nítida e cada vez que a percebo me sinto melhor comigo mesmo. E esse é o maior benefício que eu poderia - e posso - ter!

Agora, um cálculo rápido: 2 meditações diárias de cerca de 15 minutos x 10 dias = 300 minutos. Ou seja, 5 horas de meditação me possibilitaram todos esses ganhos. E aí eu penso: "5 horas em um dia comum: será que eu as vejo passar?"

Até a próxima!