Olá!
Espero que tenham gostado do que escrevi até aqui. A ideia é
justamente demonstrar como é na prática para alguém que está iniciando e, desse
modo, não estou muito apegado a qualquer rigidez ou disciplina exagerada. Imagino
que se uma pessoa não está acostumada a algo, começar com tudo fará com que ela
não sinta o prazer na atividade e perca a vontade de prosseguir. Esse é o
espaço que escolhi não só para compartilhar as minhas experiências e ganhos com a
meditação, mas também as dificuldades encontradas.
Decidi que esse terceiro post será dedicado à questão que
tenho mais dificuldade até o momento: a postura. Não tenho problemas de coluna
(ao menos não que eu saiba), mas acredito que não sento na postura que deveria. O sedentarismo também contribui para agravar a questão. Acredite: quem
não está acostumado com a postura correta sofre – e muito! – em tentar
permanecer imóvel na posição.
Mas afinal, qual a postura ideal?
A postura mais indicada no site do Templo Zu Lai é a de
lótus, completa ou pela metade, pois ela ajuda na estabilização do corpo. Se
for incômoda, a meio lótus também pode ser bastante eficaz. Caso ainda esteja
desconfortável, pernas cruzadas ou sentar sobre os calcanhares ou os pés também
pode. O importante em relação à posição é manter a coluna ereta e
sem apoiar em nada de maneira com que fique o máximo confortável possível. Alguns lugares indicam, inclusive,
que se tiver problema na coluna, poderá fazer a meditação deitado com os pés apoiados
no chão, o que ajuda a manter a coluna reta. Utilize almofadas, travesseiros ou
banquinhos de meditação (na faixa de R$100) para ajudar e, em tempos mais
frios, mantenha o corpo aquecido com toalhas ou mantas sobre os joelhos.
Ombros, cabeça, braços e mãos devem manter-se relaxados e é
indicado que você medite com um leve sorriso, auxiliando no processo meditativo
e acalmando o espírito. É importante manter todas as partes do corpo o mais
relaxadas possível para uma boa meditação. Mais detalhes vocês podem conferir
no link do Templo.
Imagens retiradas do site do Templo Zu Lai.
A teoria está dita, mas como é na prática?
Eu utilizo um travesseiro bastante alto até agora
(provavelmente vou mudar isso nos próximos dias) e me sento de perna cruzada,
com os dois pés debaixo das coxas - meus gatos adoram, mas isso é tema para um
outro post. A posição de lótus me incomoda depois de pouco tempo, mas espero
alcançá-la em breve.
Em relação à coluna, tento manter a postura ereta e no
início eu sempre consigo. Conforme o tempo passa e minha mente fica cada vez
mais relaxada, percebo que meu tronco começa a arquear para frente, o que
faz com que eu erga voluntariamente a coluna para me manter na postura correta. Me custa um
pouco a concentração, mas evita que eu sinta dores com o tempo.
Em todas as meditações que fiz (sete, contando com a dessa
manhã), mantive os olhos fechados. Li relatos de que algumas pessoas adormecem
e ficar com os olhos semi abertos, fixados num determinado ponto evita com que
o façam. Como minha mente está num turbilhão de pensamentos e lembranças - boas e ruins -, sequer
cheguei a bocejar meditando.
Mantenho as mãos sobre os joelhos, viradas para cima e
tocando a ponta dos indicadores com as dos polegares. Esse toque tem sido cada
vez mais sutil e traz ótimas sensações durante o processo.
Antes, se eu tentasse ficar na postura correta por 5
minutos, ficava bastante incomodado, ao ponto de às vezes sentir dor. Em sete
meditações, não senti nenhuma. Talvez seja porque antes é que eu não sentava direito, não
é?
Até a próxima!
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