quarta-feira, 28 de maio de 2014

Posições para uma boa meditação

Olá!

Espero que tenham gostado do que escrevi até aqui. A ideia é justamente demonstrar como é na prática para alguém que está iniciando e, desse modo, não estou muito apegado a qualquer rigidez ou disciplina exagerada. Imagino que se uma pessoa não está acostumada a algo, começar com tudo fará com que ela não sinta o prazer na atividade e perca a vontade de prosseguir. Esse é o espaço que escolhi não só para compartilhar as minhas experiências e ganhos com a meditação, mas também as dificuldades encontradas.

Decidi que esse terceiro post será dedicado à questão que tenho mais dificuldade até o momento: a postura. Não tenho problemas de coluna (ao menos não que eu saiba), mas acredito que não sento na postura que deveria. O sedentarismo também contribui para agravar a questão. Acredite: quem não está acostumado com a postura correta sofre – e muito! – em tentar permanecer imóvel na posição.


Mas afinal, qual a postura ideal?

A postura mais indicada no site do Templo Zu Lai é a de lótus, completa ou pela metade, pois ela ajuda na estabilização do corpo. Se for incômoda, a meio lótus também pode ser bastante eficaz. Caso ainda esteja desconfortável, pernas cruzadas ou sentar sobre os calcanhares ou os pés também pode. O importante em relação à posição é manter a coluna ereta e sem apoiar em nada de maneira com que fique o máximo confortável possível. Alguns lugares indicam, inclusive, que se tiver problema na coluna, poderá fazer a meditação deitado com os pés apoiados no chão, o que ajuda a manter a coluna reta. Utilize almofadas, travesseiros ou banquinhos de meditação (na faixa de R$100) para ajudar e, em tempos mais frios, mantenha o corpo aquecido com toalhas ou mantas sobre os joelhos.

Ombros, cabeça, braços e mãos devem manter-se relaxados e é indicado que você medite com um leve sorriso, auxiliando no processo meditativo e acalmando o espírito. É importante manter todas as partes do corpo o mais relaxadas possível para uma boa meditação. Mais detalhes vocês podem conferir no link do Templo.

  
           Imagens retiradas do site do Templo Zu Lai.


A teoria está dita, mas como é na prática?

Eu utilizo um travesseiro bastante alto até agora (provavelmente vou mudar isso nos próximos dias) e me sento de perna cruzada, com os dois pés debaixo das coxas  - meus gatos adoram, mas isso é tema para um outro post. A posição de lótus me incomoda depois de pouco tempo, mas espero alcançá-la em breve.

Em relação à coluna, tento manter a postura ereta e no início eu sempre consigo. Conforme o tempo passa e minha mente fica cada vez mais relaxada, percebo que meu tronco começa a arquear para frente, o que faz com que eu erga voluntariamente a coluna para me manter na postura correta. Me custa um pouco a concentração, mas evita que eu sinta dores com o tempo.

Em todas as meditações que fiz (sete, contando com a dessa manhã), mantive os olhos fechados. Li relatos de que algumas pessoas adormecem e ficar com os olhos semi abertos, fixados num determinado ponto evita com que o façam. Como minha mente está num turbilhão de pensamentos e lembranças - boas e ruins -, sequer cheguei a bocejar meditando.
Mantenho as mãos sobre os joelhos, viradas para cima e tocando a ponta dos indicadores com as dos polegares. Esse toque tem sido cada vez mais sutil e traz ótimas sensações durante o processo.

Antes, se eu tentasse ficar na postura correta por 5 minutos, ficava bastante incomodado, ao ponto de às vezes sentir dor. Em sete meditações, não senti nenhuma. Talvez seja porque antes é que eu não sentava direito, não é?

Até a próxima!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A primeira vez

Olá!

No post anterior falei um pouco sobre os benefícios e motivações para iniciar a meditação. Quando tive bem claro na minha cabeça que cumpria os dois "requisitos" iniciais - motivo e determinação -, fui para minha primeira vez.

Decidi que farei duas meditações por dia - uma pela manhã e uma à noite - e que irei respeitar os meus limites. Priorizei mergulhar profundamente no relaxamento e na auto-descoberta, e nesse mergulho optei por ir até o momento em que meus "pulmões" aguentam. Como todo processo, com o tempo a resistência e o mergulho serão cada vez maiores e mais profundos.

A partir de algumas leituras, encontrei a técnica de respiração Nadi Shodan Pranayama, indicada para "desestressar a mente, liberar a tensão acumulada e a fadiga", além de outros benefícios que pode conferir aqui. Em determinado momento, farei um post específico sobre essa e outras técnicas que ajudarão na concentração e relaxamento, conforme eu também for aprendendo. hehe

Lições aprendidas

Só isso não foi suficiente e logo na primeira vez eu percebi algo muitíssimo importante: NUNCA medite de calça jeans! Por mais que respire bem, que mantenha a posição correta e esteja centrado na meditação, o tecido incomoda e mantém suas pernas em constante tensão. Claro que isso eu não percebi na primeira vez, mas sim na comparação com as vezes seguintes, em que usei uma roupa mais leve.

Outra lição aprendida: é muito importante desligar os aparelhos eletrônicos. A gente nem percebe, mas muitos deles, mesmo em standby, emitem algum som que interfere na qualidade de sua meditação. Se morar no campo ou na praia, o ar livre poderá ser a melhor pedida. Para quem, como eu, vive em grandes centros urbanos, o local mais silencioso possível da sua casa pode ser o suficiente.

Tempo

Por ironia (ou efeito cômico), a primeira vez foi rápida. Eu estava afoito e manter-se numa mesma posição por um bom tempo não é fácil. Além disso, a noção de tempo que temos no dia a dia - esse tempo que voa sem que sequer tenhamos notado sua passagem - não se aplica ao tempo de meditação. O que isso significa? Significa que se, para mim, passaram-se quase 40 minutos, na realidade foram somente 12. À essa altura eu já havia aberto os olhos, me alongado e levantado, de modo que não faria sentido voltar a sentar. Mas ficou um belo ensinamento, logo de cara: concentrado, aproveitando cada instante da experiência, ela pode ensinar e te engrandecer muito mais, em muito menos tempo. 

E pra vocês que estão lendo e querem começar, fica o seguinte: avalie o que você faz em 15 minutos no seu dia. Com a meditação, você triplica esse tempo em uma experiência realmente edificante.

Até a próxima!

domingo, 25 de maio de 2014

O início

Sejam bem-vindos(as)!

Esse blog tem a intenção de relatar minhas experiências e ganhos com a meditação e apresentá-la para um público como eu: pessoas que sempre admiraram e tem vontade de meditar, mas não tem nenhum conhecimento e querem começar. Hoje é o meu terceiro dia nessa jornada e quero relatar o máximo possível a evolução que venho alcançando, além de dar dicas de como e por onde começar. Como um bom iniciante, também vou adorar receber dicas e me desenvolver a cada dia.

Esse post inicial vai falar justamente...do início.


O motivo

Bem, em qualquer site sobre o tema você verá que não há - ou não deveria haver - um motivo específico para começar a meditar e que os benefícios são inumeráveis. Pelo senso comum, o que se percebe é que a meditação é uma técnica que ajudará a aliviar o stress, as tensões e angústias do dia a dia. Ao menos é o que o meu olhar leigo diz. 

Pessoalmente, o motivo de ter decidido de vez a fazer meditação é uma necessidade - motivada pela angústia - de auto-descoberta e de acalmar o espírito.

(Não sou uma pessoa religiosa e me refiro ao espírito como um plano de dentro de nós mesmos que precisa estar em paz para que levemos a vida com mais leveza, sabedoria e felicidade.)

Diminuir a ansiedade, melhorar a concentração, a qualidade do sono, a saúde, enfim, qualquer pessoa pode começar a meditar por qualquer motivo. E o melhor: pode ser feito em casa, sem nenhum custo, mas com muita disciplina.


Por onde começar?

O primeiro passo acredito que seja a determinação. O ato de assumir um compromisso e ter disciplina é fundamental para que a jornada seja bem conduzida.

Em próximos posts falarei de técnicas de respiração, de lugares adequados, do tempo de cada meditação e periodicidade. Antes,é necessário chamar muito a atenção para isso: você deve começar com total determinação; é ter total certeza - e disciplina -  de que irá dedicar um tempo de todos os seus dias para meditar e que o horário da meditação terá seu total envolvimento.

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E aí, se sente determinado a entrar nessa, independente do motivo? Ótimo! A primeira dica que dou é o site The art of living (a arte de viver), no qual encontrará uma série de dicas de cursos, eventos, técnicas, etc., para começar a meditar. Boa sorte!